Hoje eu fui à exposição “Diálogo no escuro” na Unibes Cultural (aliás, que lugar lindo, incrível e cheio de atividades culturais excelentes!). Puxa vida, como vou traduzir em palavras essa experiência sensorial? Nada do que eu disser, de fato, poderá representar o que se passou nas câmaras escuras.
O essencial é invisível.
A proposta da exposição é a de sensibilizar as pessoas para os demais sentidos, quando privados da visão. Pois é, não se vê nada, mas se vivencia tudo: sons, texturas e odores. Temos a ajuda de uma bengala e de um guia, que orienta, conversa, instiga, questiona e protege cada um dos integrantes do pequeno grupo que atravessa 3 diferentes ambientes, até o momento do diálogo sobre a experiência. Ah, e o guia é cego. Ao final, fiquei realmente em dúvida se ele era só o Renan ou se era o Matt Murdock, pois ele também é engraçado, vivaz, inteligente e nos conduziu com segurança por toda essa experiência. Aliás, essa é também a proposta da exposição: que desmistifiquemos o pré-conceito que temos sobre a capacidade de uma pessoa cega, que percebamos que existem formas intensas de sentir o que ignoramos com a pressa e o apoio único da visão.
Experiência incrível e muito válida, que fica em São Paulo até o próximo dia 03 de dezembro. Vale muito a pena ir pela experiência, vale a pena ir para prestigiar a exposição e valorizar o trabalho dos guias, vale a pena pelo momento (superficial, é claro) de ficar no lugar do outro. Gratidão imensa por tudo isso!
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